Pessoal:
Dia 25 de outubro de 2019, 14h, visita à 21ª Bienal de Arte
Contemporânea Sesc_ Videobrasil: Comunidades Imaginadas
Local: SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109.
Centro, São Paulo
Info:
Com curadoria de Gabriel Bogossian, Luisa Duarte e Miguel López e
direção artística de Solange O. Farkas, a exposição faz uma reflexão sobre os
tipos de organização social e comunitária que existem para além, às margens ou
nas brechas dos Estados-nação. A Bienal é composta por 3 plataformas:
exposição, programas públicos e publicações.
Exposição
Obras dos 50 artistas selecionados e cinco convidados estão
distribuídas no térreo, terceiro, quinto e sexto andares. Ao longo do percurso
de mais de 60 obras e duas coleções, o visitante vai se deparar com uma
videoinstalação inédita de Rosana Paulino,
bandeiras feitas por Mônica Nador e
pelo coletivo JAMAC, uma coleção de joias
africanas adquirida pelo MAE-USP nos anos 1970 e nunca exibida ao público, um
totem memorial desenvolvido pelo artista neozelandês Brett Graham, uma instalação de mosaicos islâmicos feita de areia
que será varrida na abertura da exposição pela artista saudita Dana Awartani, os visitantes poderão
participar e ativar a obra RESISTA do coletivo Chameckilerner, ações com o público programadas pelo coletivo #VOTELGBT, obras de povos originários e
indígenas, como o trabalho de Alberto
Guarani, além de vídeos, fotografias, pinturas e instalações em diferentes
formatos, capazes de propiciar ao visitante contato íntimo e imersivo com o
tema da Bienal.
Texto:
A presença dos nacionalismos para a compreensão das disputas que
marcam o nosso tempo. É este o cenário sobre o qual se debruça a 21ª Bienal de
Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil | Comunidades Imaginadas, que ocorre de 9
de outubro de 2019 a 2 de fevereiro de 2020, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo,
reunindo mais de 60 obras e duas coleções, 55 artistas de 28 países, entre
vídeos, pinturas, fotografia e instalação.
Juntos, a diretora artística Solange Farkas, o trio de curadores
Gabriel Bogossian, Luisa Duarte e Miguel López e os membros do júri de seleção
Alejandra Hernández Muñoz, Juliana Gontijo e RaphaelFonseca analisaram 2.280
inscrições, de 105 nacionalidades para selecionar obras advindas do Brasil,
América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e Oceania. Pela primeira vez, o
tema norteador foi anunciado já na convocatória.
A 21ª Bienal toma de
empréstimo o título do clássico estudo de Benedict Anderson para pensar nos
tipos de organização social e comunitária que existem para além, às margens ou
nas brechas dos Estados-nação: comunidades religiosas ou místicas, grupos
refugiados de seus territórios originais, comunidades clandestinas, fictícias,
utópicas ou aquelas constituídas nos universos subterrâneos de vivências
corporais, sexuais.
É esse horizonte que se faz presente nas obras de autoria de
artistas indígenas ou de povos originários do Brasil, Estados Unidos, Canadá,
México, Peru e Nova Zelândia com trabalhos que tencionam as questões presentes
no fazer e na representação dessas culturas na arte e no mundo, nas obras que
abordam o universo cuir/LGBT, questões raciais, conflitos fronteiriços. A essas
e tantas obras vem somar-se projetos de cinco artistas convidados – Andrea
Tonacci, Hrair Sarkissian, Teresa Margolles, Rosana Paulino e Thierry Oussou.
Com mais de 35 anos de história, o até então Festival de Arte
Contemporânea Sesc_Videobrasil passa a adotar o nome Bienal integrando-se ao
calendário internacional de Bienais e fortalecendo o seu posicionamento no
cenário global de artes visuais. Para a diretora do Videobrasil, Solange
Farkas, mais do que sacramentar uma periodicidade, “o termo Bienal reflete a
percepção de que nossa prática investigativa nos aproxima de bienais
internacionais como as de Sharjah, Cuenca, Havana e Dakar – instituições que,
como o Videobrasil, trabalham para desenhar um panorama mais diverso da
produção global e constituir um circuito paralelo àquele centrado no eixo
Europa-Estados Unidos”.
Com boa parte de suas três décadas de história ligada ao Sesc
Pompeia, a Bienal este ano ocupa o Sesc 24 de Maio. Valendo-se da polifonia de
vozes, sotaques e sentidos presentes no Centro da cidade e das propostas
arquitetônicas de Paulo Mendes da Rocha para o antigo edifício da Mesbla, a
Bienal aposta na consonância entre a diversidade e o pluralismo do espaço e as
propostas de sua curadoria.
Referências:
ANDERSON,
Benedict; BOTTMAN, Denise. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem
e a difusão do nacionalismo. Editora Companhia das Letras, 2008.
Videobrasil:
Serviço:
SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109
Centro, São Paulo
de terça a sábado, 9h às 21h;
domingos e feriados, 9h às 18h
www.bienalsescvideobrasil.org.br
facebook.com/ACVideobrasil
instagram.com/videobrasil
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